terça-feira, 16 de abril de 2019

Peixoto de Azevedo


Cidade fundada em 1978 por garimpeiros, às margens do Rio Peixoto de Azevedo, junto à balsa da Rodovia Cuiabá-Santarém. 

Localiza-se a 197 Km de Sinop e 675 Km de Cuiabá.

A população do total do município em 2016, segundo estimativa do IBGE, era de 33.296 habitantes.


Histórico
Prefeitura de Peixoto de Azevedo

O nome do município denominou-se do referido Rio que banha seu território, que por sua vez, recebeu o nome em homenagem ao tenente de milícias Antônio Peixoto de Azevedo, que no ano de 1819, comandou uma expedição que deu nome ao rios Arinos, Teles Pires e Rio Sangue. Ao que se sabe, Antônio buscava alternativas de transportes praticados na época, em direção a capital paraense, denominada de "Navegação Paranista."

São poucos os dados que se encontram nos registros históricos, daí a grande dificuldade de historiadores contemporâneos em relatar maiores detalhes dessa expedição.

Porém, sabe-se que a referida epopeia destes desbravadores não obteve resultados esperados, nem se quer satisfatórios, isso fez com que a expedição retornasse ao seu destino de origem.

Devido à isto, a região permaneceu bruta e intocada até chegar a década de 70, com o projeto do Governo Brasileiro de construir grandes estradas na Amazônia. Nesta época, foram expulsos desta região os índios Panarás, denominados Índios Gigantes outrora chamados Krên-aka-rorê, que viviam na área principalmente às margens do Rio Peixoto. Os mesmos foram então conduzidos pelos Irmãos Villas-Bôas ate o Parque Indígena do Xingu. A partir daí, foi aberta a rodovia Cuiabá-Santarém, hoje a então famosa BR 163 pelo 9º BEC - Batalhão de Engenharia e Construção. Em consequência, tudo isto inibiu a atividade garimpeira e a construção de barracas ao longo da rodovia.

No ano de 1979, grandes quantias de ouro são descobertos no local e a notícia se espalha tão rapidamente que chegam ao território, milhares de pessoas de diversas regiões, principalmente do Norte e Nordeste, em busca do rápido enriquecimento, do lendário "bamburro", provocando uma conhecida e inevitável "corrida do ouro". Também muitos colonos recém-chegados dos Estados do Sul, trazidos pelas colonizações públicas ou privadas, para os projetos de assentamentos agrícolas, tornaram-se garimpeiros.

Chegava-se a extrair dos garimpos Peixotenses, por anos a fio, a impressionante quantidade de mais de 1.000 quilos de ouro por mês. O impressionante é que Peixoto de Azevedo, foi responsável na década de 80, e início de 90, por cerca de 10% de toda a produção nacional de ouro.

Então foi nascendo um povoado local onde hoje é a Rua do Comércio, se expandindo e se tornando um grande aglomerado urbano. Na época a região passou a ter um alto índice populacional, chegando a ter cerca de mais de 90.000 habitantes. Tão grande era a desorganização social, que a Cooperativa Mista de Canarana foi chamada para ajudar na regularização fundiária junto ao INCRA. O arquiteto Pedro Kist elaborou a planta da futura cidade. Então foi planejado e executado um trabalho neste intuito, por um grupo de pessoas representantes da sociedade de Peixoto.

Primeiro foi criada uma comissão pró emancipação tendo à frente a Sra. Romilda Araújo e os Sres. João Amaro, Joaquim Fernandes dos Santos Filho, Djalma Viana, Atílio Neves e José S. de Oliveira dentre outros. Juntos conseguiram com muito sacrifício e esforços, elevar o povoado à condição de distrito, vinculado ao município de Colíder, na data de 16 de Dezembro de 1981 através da Lei nº 4389, sancionada pelo então governador Frederico Soares Campos.

No entanto, a instalação oficial do Distrito somente aconteceu, na data de 15 de Fevereiro de 1982 junto com uma grande solenidade festiva, marcado com a presença de ilustres autoridades políticas e judiciárias de Mato Grosso. Com isso, o distrito teve um crescimento fantástico fazendo com que todos lutassem por um criação imediata de um município. Todos contaram com o apoio do deputado Roberto Cruz, que não mediu esforços e elaborou um projeto de emancipação de Peixoto de Azevedo. Depois de muito trabalho, conseguira a aprovação da Assembleia Legislativa de MT e enviada para o Executivo Estadual.

Sua emancipação político e administrativo ocorreu no dia 13 de Maio de 1986 através da Lei nº 4.999, promulgado pelo então governador do Estado da época Júlio José de Campos. A implantação do Município ocorreu no dia 1º de Janeiro de 1987, tomando posse o primeiro prefeito Leonísio Lemos Melo Júnior, junto com a primeira Câmara de Vereadores eleitos.

Nos anos 90, o confisco monetário do Governo Collor, trouxe muitos prejuízos atrapalhando simultaneamente o desenvolvimento do município. Após isto, o município aos poucos ganhava recursos. No começo do século XXI desde então, o município passou por diversas crises político e administrativo desacelerando ainda mais o seu desenvolvimento, diferenciando-o das demais cidades circunvizinhas. Diante disso, a população sempre continuou a investir.

Ao contrário de como era visto no passado, o município hoje conta com um avançado processo de desenvolvimento tanto rural quanto urbano, mesmo diante de crises e abandonos políticos. Possui uma rica variedade de recursos satisfatórios para o tão esperado sonho de um futuro propício onde aos poucos, percebe-se os investimentos dos proprietários de estabelecimentos comerciais. Tudo isto deve-se ao grande retorno dos garimpos na região, que embora legalizados, poderá garantir um grande avanço para o futuro.


REFERÊNCIAS:

Página Oficial da Prefeitura de Peixoto de Azevedo consultada em 26 de junho de 2019.






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