terça-feira, 21 de maio de 2019

Itaituba


Na década de 1970, em função da descoberta de novos garimpos no Vale do Rio Tapajós, a cidade apresenta grande aumento populacional. O Aeroporto de Itaituba, que servia de base para os garimpos, era considerado um dos mais movimentados do planeta para pequenas aeronaves.

Em 1984, em virtude do processo migratório provocado pelo garimpo, metade da área da cidade de Itaituba não contava com água nem luz elétrica. Maio parte dos imigrantes vinham principalmente do nordeste.

Na década de 1990, o ouro foi ficando escasso, repercutindo na na economia de todas as cidades do Vale do Tapajós.

Em 2013, em função dos constantes problemas operacionais dos portos de Santos e Paranaguá, já congestionados, as gigantes da logística, Bunge e Cargill, ambas "trading companies" e multinacionais americanas, decidem em investir no escoamento da produção agrícola do norte de Mato Grosso pelo rio Amazonas, antes mesmo da conclusão da pavimentação da Rodovia BR-163, ainda em péssimas condições de tráfego. Nota-se que até 2013 a orla de Miritituba só contava com barcos de pescadores. A Cargill já contava com um terminal de cargas no porto de Santarém desde 2003.

"Trading companies" são empresas comerciais que atuam como intermediárias entre empresas fabricantes e empresas compradoras, em operações de exportação ou de importação.

Em 2014 oito portos já estavam sendo implantados em Miritituba. Na mesma época o Grupo Leal construía um posto de combustível com pátio para o estacionamento de carretas em Miritituba.

A construção do porto de Miritituba, refletiu também na melhoria dos portos de Santana, no Amapá, e Vila do Conde, em Barcarena (PA), aptos para receber navios de maior porte, onde a carga era transferida. Os grandes cargueiros não conseguiam subir até Miritituba em função da pouca profundidade do Rio Tapajós.


REFERÊNCIAS:

"Jader mostra a ESG a realidade do Pará". Diário do Pará. 1984, agosto, 9. Página 7.








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